
Quando o inevitável acontece e nos quebra com tamanha força, resta-nos juntar os milhares de cacos, refazer-se por inteiro.
O inevitável vem em momentos de desligamento. Vem para expor as fraquezas de cada um.
Vem para dizer que somos apenas meros mortais.
Juntar os cacos e retalhos de uma existência partida acaba sendo uma terapia que nos faz recordar quem somos, o que deixamos de ser, de fazer, e vem a pergunta: o que seremos?
Nada é tão importante materialmente falando.
Os meus cacos foram fundidos no fogo primitivo. O mesmo fogo que criou o universo.
Agora me sinto renovado.
Porém, sou o mesmo.
Sei quem eu sou.
Não sei o que serei.
Não posso saber quando o inevitável virá para me deixar novamente em milhares de cacos.
Sei que para isso acontecer, basta que eu esteja vivo...
Menino, quanta sabedoria assim no meio da tarde! Muito bonito! Valeu!
ResponderExcluirOmar Khayyam escreveu "se o vinho que bebes e o lábio que oprimes findam neste nada que a tudo dá sumiço, imagina então o que és, não és senão o que hás de ser, nada. Não serás menos que isso.
ResponderExcluirFaçamos o mais que inda há por fazer antes que
nós também ao pó vamos, enfim...O pó vai para o pó, sob o pó vai jazer, sem vinho, sem canções, sem cantor. Sem fim..." Ele, em 1.230, tu em 2010.
Juntar os cacos e montar um mosaico com o que sobrou... quanto tempo perdemos juntando nossos cacos? Quem somos nós depois de cada recomeço?
ResponderExcluirLindo poema, Guhga
Obrigado!!!!
ResponderExcluirLINDO.....LINDO....LINDO
ResponderExcluir