terça-feira, 31 de agosto de 2010
Em milhares de cacos... O Inevitável.
Quando o inevitável acontece e nos quebra com tamanha força, resta-nos juntar os milhares de cacos, refazer-se por inteiro.
O inevitável vem em momentos de desligamento. Vem para expor as fraquezas de cada um.
Vem para dizer que somos apenas meros mortais.
Juntar os cacos e retalhos de uma existência partida acaba sendo uma terapia que nos faz recordar quem somos, o que deixamos de ser, de fazer, e vem a pergunta: o que seremos?
Nada é tão importante materialmente falando.
Os meus cacos foram fundidos no fogo primitivo. O mesmo fogo que criou o universo.
Agora me sinto renovado.
Porém, sou o mesmo.
Sei quem eu sou.
Não sei o que serei.
Não posso saber quando o inevitável virá para me deixar novamente em milhares de cacos.
Sei que para isso acontecer, basta que eu esteja vivo...
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Menino, quanta sabedoria assim no meio da tarde! Muito bonito! Valeu!
ResponderExcluirOmar Khayyam escreveu "se o vinho que bebes e o lábio que oprimes findam neste nada que a tudo dá sumiço, imagina então o que és, não és senão o que hás de ser, nada. Não serás menos que isso.
ResponderExcluirFaçamos o mais que inda há por fazer antes que
nós também ao pó vamos, enfim...O pó vai para o pó, sob o pó vai jazer, sem vinho, sem canções, sem cantor. Sem fim..." Ele, em 1.230, tu em 2010.
Juntar os cacos e montar um mosaico com o que sobrou... quanto tempo perdemos juntando nossos cacos? Quem somos nós depois de cada recomeço?
ResponderExcluirLindo poema, Guhga
Obrigado!!!!
ResponderExcluirLINDO.....LINDO....LINDO
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