
Quando o inevitável acontece e nos quebra com tamanha força, resta-nos juntar os milhares de cacos, refazer-se por inteiro.
O inevitável vem em momentos de desligamento. Vem para expor as fraquezas de cada um.
Vem para dizer que somos apenas meros mortais.
Juntar os cacos e retalhos de uma existência partida acaba sendo uma terapia que nos faz recordar quem somos, o que deixamos de ser, de fazer, e vem a pergunta: o que seremos?
Nada é tão importante materialmente falando.
Os meus cacos foram fundidos no fogo primitivo. O mesmo fogo que criou o universo.
Agora me sinto renovado.
Porém, sou o mesmo.
Sei quem eu sou.
Não sei o que serei.
Não posso saber quando o inevitável virá para me deixar novamente em milhares de cacos.
Sei que para isso acontecer, basta que eu esteja vivo...